No ano passado, um novo erro humano, dessa vez a favor do São Paulo, levou a CBF a mudar o protocolo para o VAR. Após admitir que o VAR não verificou a posição de impedimento de Calleri em um lance que resultou em um pênalti para o São Paulo contra o Palmeiras, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, decidiu exibir em tempo real na transmissão das partidas a aplicação do VAR nas linhas. No entanto, comentaristas apontaram que o uso confuso das linhas de impedimento apenas diminuiu a credibilidade desse tipo de marcação.
A Hawk-Eye também admitiu pelo menos uma vez o uso incorreto da tecnologia para a marcação de impedimentos. No jogo entre Red Bull Bragantino e Botafogo no último Brasileiro, a empresa reconheceu que ocorreu um problema na calibração da câmera de transmissão que afetou a correta aplicação da linha de impedimento virtual durante uma revisão de VAR.
É evidente que a tecnologia do VAR está sujeita a erros humanos. Portanto, o Flamengo tem razão em protestar contra a arbitragem pela anulação do gol de Gabigol. Os erros na aplicação da linha de impedimento levantam questionamentos sobre a eficácia e a confiabilidade dessa tecnologia no futebol brasileiro.