No Rio de Janeiro, a controvérsia tomou conta das manchetes quando torcedores fervorosos do Flamengo demonstraram indignação com a escolha de Gabigol de realizar uma festa extravagante para comemorar seu 28º aniversário. A decisão do jogador de seguir em frente com a celebração gerou uma onda de críticas, especialmente devido ao momento difícil da equipe no cenário esportivo.
O evento, que ocorreu no exclusivo bairro de Itanhangá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi um espetáculo de luxo. O jogador, vestindo seu icônico número 10, estava rodeado por amigos e familiares, incluindo Gerson, um dos jogadores da equipe. A presença de Gerson causou controvérsia, já que alguns jogadores optaram por não comparecer à festa devido à má fase do time e à insatisfação dos torcedores em relação ao evento.
Os torcedores, cerca de 30 deles, organizaram um protesto discreto, manifestando sua desaprovação à festa enquanto enfrentavam uma chuva torrencial. Empunhando faixas com mensagens expressando seu descontentamento, eles gritaram palavras de ordem contra a celebração. Uma das faixas, que dizia "festa é o c***", refletia a frustração e o descontentamento que muitos torcedores sentiam.
No entanto, o protesto logo se transformou em um cenário de caos e confronto. Quando Gerson apareceu na cena, os ânimos se acirraram. Os torcedores presentes não economizaram nas palavras de insulto e alguns chegaram a cometer atos de vandalismo, chutando e batendo no portão da propriedade. Um torcedor chegou a provocar Gerson, desafiando-o a um confronto físico, fazendo referência a um episódio anterior em que Gerson agrediu um colega de equipe uruguaio.
A situação rapidamente saiu de controle, e a intervenção da Polícia Militar se tornou necessária para conter a agitação. Porém, o ápice da tensão ocorreu quando um convidado não identificado de Gabigol, incomodado com o bloqueio dos torcedores, acelerou seu carro, colocando a segurança dos torcedores em perigo. Em resposta, os torcedores reagiram com raiva, danificando o veículo. A situação deteriorou-se ainda mais quando um dos torcedores foi agredido por um policial, levando ao fim tumultuado do protesto.
Enquanto os torcedores lutavam contra a chuva e a insatisfação, o próprio Gabigol lançava sua carreira musical, lançando uma nova faixa intitulada "O que você quer de mim?". A música, que se tornou um ponto de discussão adicional, parecia provocar ainda mais críticas por parte dos torcedores. Enquanto Gabigol se divertia com sua festa e sua nova empreitada musical, os torcedores lutavam para serem ouvidos e para expressar sua frustração diante do momento difícil da equipe.
A festa de Gabigol gerou um debate acalorado nas redes sociais e na imprensa esportiva. Muitos argumentaram que a celebração era insensível, dado o desempenho do time e as expectativas dos torcedores. Enquanto alguns se solidarizavam com a escolha de Gabigol de celebrar sua vida fora dos campos, outros criticavam a falta de consideração pela situação do clube.
Em meio a essa controvérsia, uma questão importante permanece: até que ponto os jogadores de futebol são responsáveis não apenas por suas ações dentro de campo, mas também por suas escolhas pessoais? A festa de Gabigol e a reação dos torcedores iluminaram essa discussão em andamento, colocando em foco não apenas as expectativas dos torcedores, mas também a complexa relação entre os atletas e o público que os apoia.