O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, respaldou a atuação da equipe de arbitragem no polêmico lance envolvendo Gabigol e Ganso, durante o jogo entre Fluminense e Flamengo pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Seneme argumentou que o camisa 10 rubro-negro não merecia ser expulso, considerando o incidente como um "acidente de trabalho".
Em um vídeo divulgado pela CBF, Seneme explicou sua visão do lance: "Analisando o jogo de futebol, inicialmente, percebemos que Gabriel tenta colocar o pé ao lado do jogador, não na frente. Quando ele move o pé para o lado, coincidentemente a perna de Ganso vai para o mesmo lugar. Então, há um impacto, ocorre o pisão".
O dirigente também destacou o movimento de Gabigol: "Gabriel está em movimento. Se ele pudesse parar, também avaliaríamos isso. Mas como ele está em movimento, precisamos analisar se ele alivia o peso do corpo ao passar de um lado para o outro, ou se ele coloca força no pé, caracterizando uma conduta violenta. No segundo seguinte, ele apoia o peso do corpo na ponta do pé. Ele pisou, mas para mim, os elementos dessa ação evidenciam claramente um acidente de trabalho, e não uma ação violenta que justificasse um cartão vermelho".
O incidente ocorreu aos 20 minutos do segundo tempo, quando Gabigol se envolveu em um tumulto com Ganso e acabou pisando no meio-campista tricolor. O árbitro Anderson Daronco marcou a falta, mas não puniu o atacante, e o VAR não recomendou revisão do lance, o que causou irritação no técnico Fernando Diniz.
"É muito mais fácil e menos interpretativo o VAR chamar por causa do pisão intencional de Gabigol em Ganso. Ele pisou porque quis pisar", desabafou o treinador após a partida.