Após a derrota por 2 a 1 sobre o Fortaleza, no Maracanã, Paulo Sousa vive momento delicado no Flamengo. Embora o risco de demissão não seja iminente, os resultados diante de Bragantino e Internacional, ambos fora de casa e também pelo Brasileiro, serão decisivos para a permanência do técnico português no rubro-negro.
Existem motivos que seguram Sousa no cargo. Primeiramente, o presidente do clube, Rodolfo Landim. Neste momento, ele é o maior defensor da continuidade do treinador. É verdade que esse prestígio tem sofrido abalos recentemente. Na reunião com membros do Conselho de Futebol, na noite desta segunda-feira, o técnico será um dos temas de debate. Ainda assim, a tendência é que o português faça os jogos fora de casa pelo Brasileiro.
Outro ponto que sustenta Sousa no Flamengo é sua multa rescisória, que hoje gira em torno de R$ 6 milhões. O contrato do treinador, que vai até 2023, estipula que o valor da rescisão contratual será correspondente à soma dos salários restantes no primeiro ano do vínculo, ou seja, até dezembro deste ano. Os R$ 6 milhões, então, vão caindo com o tempo.
Por fim, outra razão para a permanência do português é a falta de um substituto imediato. Se ele sair, a avaliação no clube é que não há um nome pronto para assumir o Flamengo. Não é a ideia ir com um interino até o fim do ano e não há nomes satisfatórios livres no mercado — o único é Cuca, mas de negociação difícil. Uma solução, também complicada, seria contratar um técnico que esteja empregado.